Quando fiz a matrícula do Projeto de Conclusão de Curso, tinha apenas alguns caminhos que gostaria de seguir na computação. Queria fazer algo desafiador, que ajudasse de uma maneira mais direta as pessoas e que eu gostasse.
Pensei em segurança da informação, inteligência artificial.. me enveredei por processamento da linguagem natural, afinal: uau! um computador falar com humanos, TOP! e engenharia de softaware - tenho um certo gosto em ficar planejando e organizando coisas (sim, eu sei, engenharia de softaware é mais que isso).
Ainda em processamento de linguagem natural, pensei em unir PLN com processamento de áudio e ajudar cegos na navegação de um computador através de uma interface de comandos de voz. Perfeito não? Bora apresentar a ideia para o meu orientador.
Cheguei no meu orientador e falei da minha ideia.
Ao que ele me perguntou:
- Você já viu um cego digitar em um teclado de computador?
E eu:
- Não.
E ele:
-Digita muito mais rápido e melhor que nós.
E eu:
- :| [poker face]
Conversamos e ele me deu a ideia de ir mais além nesse negócio de acessibilidade para cegos e ver quais as dificuldades deles quando estão no mundo da computação. Assim poderia contribuir cientificamente com a computação e com quem quer fazer computação e tem deficiência visual.
Confesso que fiquei um pouco desanimada. Por que não conhecia ninguém e nem tinha ouvido falar que alguém que fosse cego programasse, ou atuasse no mundo de TI. Como poderia ajudar um público até então para mim desconhecido?
No próximo post, falarei da minha descoberta. ;)
